ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS EM PERNAMBUCO: panorama epidemiológico das notificações na VI Gerência Regional de Saúde (Arcoverde-PE), Brasil

Autores

  • Orestes Neves de Albuquerque Faculdade São Leopoldo Mandic / Faculdade de Medicina do Sertão
  • Carolina Graziele Neves de Albuquerque Uninassau-Recife-PE
  • Helder Neves de Albuquerque Faculdade São Leopoldo Mandic
  • José Francisco de Sales Chagas Faculdade São Leopoldo Mandic / Faculdade de Medicina do Sertão

DOI:

https://doi.org/10.47180/omij.v4i4.280

Palavras-chave:

Peçonha, Notificações, Acidentes Escorpiônicos, Ofídicos.

Resumo

Os acidentes por animais peçonhentos foram incluídos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na lista das doenças tropicais negligenciadas que acometem, na maioria das vezes, populações pobres que vivem em áreas rurais. Buscou-se analisar o perfil epidemiológico dos acidentes por animais peçonhentos na VI Gerência Regional de Saúde (Arcoverde-PE), Brasil. A metodologia tratou-se de um estudo retrospectivo, com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN/DATASUS) para o período de 2001 a 2022. Dispensou-se apreciação pelo Comitê de Ética em Pesquisa por terem sido utilizados dados públicos, sem identificação dos participantes. No período avaliado foram notificados 11.382 na VI GERES. Os homens foram os mais acometidos (55,1%). Maior incidência de acidentes com escorpiões (42,1%) e serpentes (21,3%). Esses dados apontam para a necessidade de medidas preventivas mais enfáticas, principalmente nos meses de temperaturas mais altas, pelo risco aumentado de contato com animais peçonhentos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AGUIAR, C. X. et al. Perfil epidemiológico de acidentes envolvendo animais peçonhentos no Sertão do Estado de Pernambuco (2009-2019). Revista de Ensino, Ciência e Inovação em Saúde, v. 2, n. 1, p. 27-36, 2021. DOI: https://doi.org/10.51909/recis.v2i1.116

ALBUQUERQUE, H. N.; FERNANDES, A.; ALBUQUERQUE, I. C. S. Snakebites in Paraíba, Brazil. Journal of Venomous Animals and Toxins including Tropical Diseases, v. 11, p. 242-251, 2005. DOI: https://doi.org/10.1590/S1678-91992005000300003

ALBUQUERQUE, C.; SANTANA NETO, P.; AMORIM, M.; PIRES, S. Pediatric epidemiological aspects of scorpionism and report on fatal cases from Tityus stigmurus stings (Scorpiones: Buthidae) in State of Pernambuco, Brazil. Rev Soc Bras Med Trop., v. 46, n. 4, p. 484-489, 2013. DOI: https://doi.org/10.1590/0037-8682-0089-2013

ALBUQUERQUE, I. C. S.; ALBUQUERQUE, H. N.; ALBUQUERQUE, E. F.; NOGUEIRA, A. S.; FARIAS, M. L. C. Escorpionismo em Campina Grande-PB. Revista de Biologia e Ciências da Terra, Campina Grande, v. 4, n. 1, 9 p., 2004.

ALVARENGA, G. A. C. Q.; RESENDE, T. R. O.; SOUSA, E. M.; RUELA, R. C. A. B.; SENE, R. T. Saúde do Trabalhador: estudo de acidentes de trabalho com animais peçonhentos em atividades rurais no estado de minas gerais e suas medidas preventivas. Segurança do Trabalho: experiências exitosas-Volume 2, v. 2, n. 1, p. 105-115, [Internet]. 2022 [Acesso em 2023 Nov 6]. Disponível em: https://downloads.editoracientifica.com.br/articles/220207915.pdf DOI: https://doi.org/10.37885/220207915

BARBOSA, A. N. et al. Single-arm, multicenter phase I/II clinical trial for the treatment of envenomings by massive africanized honey bee stings using the unique apilic antivenom. Frontiers in Immunology, v. 12, p. 860, 2021. DOI: https://doi.org/10.3389/fimmu.2021.653151

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Portaria n.º 73, de 09/03/1998. Constitui comissão para desenvolver os instrumentos, definir fluxos e no novo software do Sinan. Boletim de Serviço da Funasa, Brasília, 20 mar. 1998.

______. Fundação Nacional de Saúde. Manual de diagnóstico e tratamento de acidentes por animais peçonhentos. Ministério da Saúde, Fundação Nacional de Saúde, 2001.

______. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.472, de 31 de agosto de 2010. Define as terminologias adotadas em legislação nacional, conforme disposto no Regulamento Sanitário Internacional 2005 (RSI 2005), a relação de doenças, agravos e eventos em saúde pública de notificação compulsória em todo o território nacional e estabelecer fluxo, critérios, responsabilidades e atribuições aos profissionais e serviços de saúde. [citado 2023 Nov 11], Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt2472_31_08_2010.html

______. Ministério da Saúde. Portaria nº 104, de 25 de janeiro de 2011. Define as terminologias adotadas em legislação nacional, conforme o disposto no Regulamento Sanitário Internacional 2005 (RSI 2005), a relação de doenças, agravos e eventos em saúde pública de notificação compulsória em todo o território nacional e estabelece fluxo, critérios, responsabilidades e atribuições aos profissionais e serviços de saúde. Diário Oficial da União, Brasília (DF), 26 Jan 2011 [citado 2023 Nov 11], Seção 1:37. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prc0004_03_10_2017.html

______. Ministério da Saúde. Instrução normativa n.º 02/SVS/MS, de 22 de novembro de 2005. Regulamenta as atividades de vigilância epidemiológica com relação à coleta, fluxo, periodicidade de envio de dados da notificação compulsória de doenças por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 23 nov. 2005. Seção 1. p. 46.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de vigilância epidemiológica. 6. ed. Brasília, 2005a.

______. Ministério da Saúde. Portaria de consolidação nº 4, de 28 de setembro de 2017. Consolidação das normas sobre os sistemas e os subsistemas do Sistema Único de Saúde. Diário Oficial da União, Brasília (DF), 28 Set 2017 [citado 2023 Nov 11], Seção 1:1. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prc0004_03_10_2017.html

BOCHNER R.; FISZON, J.T.; MACHADO, C. A Profile of Snake Bites in Brazil, 2001 to 2012. Journal Of Clinical Toxicology [s.l.], v. 04, n. 03, p. 1-7, [Internet]. 2014 [Acesso em 2023 Nov 8]; Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/9308 DOI: https://doi.org/10.4172/2161-0495.1000194

CARDOSO, J. L. C.; FRANÇA, O. S. F.; WEN, F. H.; MÁLAQUE, C. M. S.; HADDAD JR, V. Animais peçonhentos no Brasil: biologia, clínica e terapêutica dos acidentes. 2ª ed. São Paulo Sarvier; 2009.

CHIPPAUX, J. P. Epidemiology of envenomations by terrestrial venomous animals in Brazil based on case reporting: from obvious facts to contingencies. Journal of Venomous Animals and Toxins including Tropical Diseases, v. 21, n. 1, p. 13, 2015. DOI: https://doi.org/10.1186/s40409-015-0011-1

COIMBRA JR, C. E. A. Saúde rural no Brasil: tema antigo mais que atual. Revista Saúde Pública, v. 52 Suppl 1:2s, 2018. DOI: https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2018052000supl1ap

FEITOSA, R. F. G.; MELO, I. M. L. A.; MONTEIRO, H. S. A. Epidemiologia dos acidentes por serpentes peçonhentas no estado do Ceará – Brasil. Rev Soc Bras Med Trop., v. 30, n. 4, p. 295- 301, 1997. DOI: https://doi.org/10.1590/S0037-86821997000400004

BRITO FRANÇA, P. M. et al. Análise de Acidentes com Animais Peçonhentos no Estado de Pernambuco. Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 4, p. 42322-42331, 2021. DOI: https://doi.org/10.34117/bjdv7n4-614

GONÇALVES, J. E. et al. Accidents caused by venomous animals: an analysis of the epidemiological profile in the Northeast region of Brazil in the period from 2010 to 2019. Res Soc Dev, v. 9, n. 10, p. 1-16, 2020.

PAULA, L. N. et al. Perfil epidemiológico dos acidentes envolvendo animais peçonhentos. Revista Interdisciplinar, v. 13, n. 1, p. 1-11, 2020. [Acesso em 2023 Nov 6]. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=7981209.

OLIVEIRA, H.F.A; COSTA, C.F.; SASSI, R. Relatos de acidentes por animais peçonhentos e medicina popular em agricultores de Cuité, região do Curimataú, Paraíba, Brasil. Revista Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, v.16, n.3, p.633- 643, 2013. DOI: https://doi.org/10.1590/S1415-790X2013000300008

OLIVEIRA, M. O. et al. Apicultura inclusiva na Caatinga: uma experiência de ensino. Revista Extensão & Cidadania, v. 11, n. 19, p. 102-113, 2023. DOI: https://doi.org/10.22481/recuesb.v11i19.12348

OMS. Organização Mundial da Saúde. Doenças Tropicais Negligenciadas. Genebra: OMS, 2019.

PERNAMBUCO, Secretaria Estadual da Saúde, Secretaria-Executiva de Gestão Estratégica e Coordenação Geral [Internet]. 2023. [Acesso em 2023 Nov 6]; Disponível em: Disponível em: https://portal.saude.pe.gov.br/secretaria-executiva/secretaria-executiva-de-coordenacao-geral.

PERNAMBUCO, Plano Diretor Regionalização [Internet]. 2011. [Acesso em 2023 Nov 6]; Disponível em: Disponível em: https://portal.saude.pe.gov.br/sites/portal.saude.pe.gov.br/files/pdrconass-versao_final1.doc_ao_conass_em_jan_2012.pdf.

PERNAMBUCO, Cidades e Estados, IBGE [Internet]. 2022. [Acesso em 2023 Nov 6]; Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/pe.html

RODRIGUEZ, M. F. G. et al. Perfil epidemiológico dos acidentes causados por serpentes peçonhentas em Palmas-TO nos anos de 2020 a 2022. Brazilian Journal of Health Review, v. 6, n. 3, p. 10959-10967, 2023. [Acesso em 2023 Nov 6]. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/60174. DOI: https://doi.org/10.34119/bjhrv6n3-203

SANTOS MAGALHÃES, C. et al. Aspectos epidemiológicos e clínicos dos acidentes ofídicos ocorridos nos estados de Alagoas e de Pernambuco. Revista Saúde e Meio Ambiente, v. 10, n. 1, p. 119-132, 2020.

SOUSA, R. S. et al. Aspectos epidemiológicos dos acidentes ofídicos no município de Mossoró, Rio Grande do Norte, no período de 2004 a 2010. Rev. Patol. Trop., v. 42, n. 1, p. 105-113, 2013. DOI: https://doi.org/10.5216/rpt.v42i1.23593

SOUZA, C. M. V.; MACHADO, C. Animais peçonhentos de importância médica no município do Rio de Janeiro. Journal Health NPEPS, v. 2, n. 1, p. 16-39, 2017.

Downloads

Publicado

2023-12-11

Como Citar

Albuquerque, O. N. de, Albuquerque, C. G. N. de, Albuquerque, H. N. de, & Chagas, J. F. de S. (2023). ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS EM PERNAMBUCO: panorama epidemiológico das notificações na VI Gerência Regional de Saúde (Arcoverde-PE), Brasil. Open Minds International Journal, 4(4), 5–20. https://doi.org/10.47180/omij.v4i4.280