COMICIDADE, RISO E RIDICULARIZAÇÃO DO PODER AUTORITÁRIO NO CONTO “ROSA, ROSA, ROSAE”, DE ROBERTO DRUMMOND
DOI:
https://doi.org/10.47180/omij.v4i2.231Palavras-chave:
Autoritarismo., Humor., Conto., Crítica Política., Roberto Drummond.Resumo
O objetivo deste artigo é oferecer ao leitor uma análise e interpretação das relações entre a escrita do conto “Rosa, Rosa, Rosae”, de Roberto Drummond, a produção do efeito de humor e a crítica social e política ao autoritarismo. Para isso, contextualizaremos o conto tanto em seu momento imediato de produção-recepção – os anos 1970 no Brasil – quanto em seus vínculos estruturais com o procedimento de articulação de dois conflitos dramáticos na construção da história narrada. É, sobretudo, por meio deste procedimento de construção da trama narrativa que Roberto Drummond logra produzir comicidade e riso a partir da história narrada no conto, fazendo com que a crítica social e política atinjam o seu alvo: o personagem protagonista e, por efeito de metonímia, o que ele representa no contexto da história narrada e no diálogo desta com o seu contexto histórico, social e político. Nossa reflexão terá por base, fundamentalmente, os estudos de M. Bakhtin (1987), H. Bergson (1983), F. Aguiar (1975) e R. L. Baronas (2005). O resultado demonstrará como, sob a ação da censura e da repressão política da ditadura civil-militar, Roberto Drummond logrou êxito em driblar um contexto autoritário e avesso às artes e à liberdade de expressão.
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Referências
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